O Mais Preparado dos Brasileiros, o senador e futuro presidente Zezinho, acaba de receber mais um merecido reconhecimento pelo seu trabalho em prol daquela que é uma das maiores bandeiras udenistas: a destruição da inútil Petrobrás.
O Presidente de Nascença recebeu na Disneylândia o Prêmio Funcionário do Mês da companhia petrolífera Chevron, em reconhecimento pelo seu projeto de lei que faz com que a Petrobrás pare de atrapalhar as companhias petrolíferas norte-americanas em sua legítima aspiração a explorar sozinhas os recursos do pré-sal.
Só o começo
Em seu discurso, o Maior dos Filhos da Mooca afirmou que não fez mais do que sua obrigação, como bom funcionário que é, mas que fica feliz por seu desempenho contribuir para a abertura do Brasil às boas relações incestuosas com seu Irmão Maior do Norte.
O Modelo de Todos os Patriotas aproveitou os dois minutos que lhe deram para falar e disse que o projeto de lei apenas antecipa sua intenção de, uma vez eleito presidente, assinar o Acordo Caracu EUA-Brasil, no qual o Brasil entrará com a retaguarda para a penetração do american way of life.
Dupla premiação
Na verdade, durante a cerimônia o presidente de Nascença recebeu dois prêmios: o de funcionário do mês da Chevron e o de funcionário do mês da CIA (Caracu Inteligency Agency). Modesto como sempre, fez pouco alarde da dupla premiação.
Indagado sobre como consegue ser premiado como funcionário do mês pelos seus dois empregadores simultaneamente, o Grande Defensor da Nacionalidade respondeu: “o segredo é encontrar o interesse convergente dos dois patrões e aí trabalhar duro na sua defesa”.
Além da homenagem, do cachorro-quente e do passeio grátis na montanha russa da Disneylândia, o duplo prêmio rendeu ao Baluarte da Moralidade uma substanciosa quantia em 30 saquinhos de dólares fresquinhos.
Desinteressado que é das coisas materiais, o senador Zezinho encarregou sua genial filhota de receber o prêmio em uma ilha caribenha recém-descoberta pelo Almirante Sérgio Ricardo, diretor do departamento de limpeza monetária da UDN.
Repercussão
A homenagem ao Maior dos Economistas foi saudada pelos eleitores infantis paulistas com um lindo panelaço gourmet em Higienópolis.
Extasiados, alguns saíram às ruas para comemorar, e fizeram uma bela marcha cívica vestindo camisas da CBF para comemorar a entrega do pré-sal às empresas dos EUA, muito mais competentes e por desígnio divino as portadoras do destino manifesto de usar o petróleo do Brasil.
A marcha alegre se espalhou nas ruas de Higienópolis e insistiu. O sonegador que vivia escondido surgiu. A patroa triste com os direitos das empregadas sorriu. A Praça Vilaboim toda se enfeitou para ver a UDN passar cantando em homenagem ao Senador Zezinho.
Por fim, a elegante passeata foi terminar em frente ao valhacouto do ex-pensador FHC, na Caverna do Ostracismo, fundos, em Higienópolis.
O ex-intelectual FHC, entretanto, pouco participou da festa. Ao voltar para seus aposentos, mostrou-se enciumado e injustiçado por apenas o Senador Zezinho ser premiado pelos EUA: “fiz tanto por eles, e a única homenagem que recebi foi o privilégio de deixar o Clinton montar nas minhas costas”, confidenciou a seus criados.
Alarmados, seus serviçais entraram em desespero ao perceberem que o ex-sabichão havia esquecido que ganhara o Prêmio Bob Fields em 2012, e que este era mais um sinal de sua decrepitude.
Comentário da tia Carmela
O Zezinho sempre gostou de ser premiado. Uma vez, quando ele ainda estava no grupo escolar, a professora decidiu que daria o prêmio de aluno do mês para quem fosse o melhor aluno. Durante um mês, o Zezinho fez de tudo para ser o escolhido: entregava os coleguinhas que faziam bagunça, colava na prova para ser o primeiro da classe e pegava as maçãs que os outros levavam e as dava ele para a professora. Chegou a fazer o Reinaldinho Cabeção escrever um poema dizendo que ele era o melhor aluno e que todos os coleguinhas gostavam dele. Ao final, a professora percebeu o fingimento e deu o prêmio para outro menino. O Zezinho ficou muito bravo e colocou um chiclete na cadeira da professora…