Pelo que pude acompanhar, aqui de Kopenhagen, teve uma certa repercussão no Brasil o telefonema do presidente dos EUA, Barack Obama, para o usurpador do lugar que por direito pertence ao Mais Preparado dos Brasileiros, o Governador Zezinho. Alguns comentaristas em blogues disseram que foi uma prova do prestígio de Lula junto à comunidade internacional.
Tendo acompanhado de perto a entusiástica acolhida da presença do Grande Estadista do Morumbi na COP15, resolvi apurar. Em contato com várias delegações diplomáticas presentes à capital do Ser ou Não Ser, obtive as seguintes informações, que agora repasso:
1 – Os motivos do telefonema de Obama a Lula
Obama agradece a Arnold S. pela indicação do seu novo conselheiro: Que estadista! É o novo Lincoln!
O telefonema de Obama para Lula foi um telefonema de busca de apoio, certamente. Mas foi, nesse sentido, um telefonema quase protocolar. Esses acordos internacionais não são firmados em telefonemas ou mesa de bar: quando dois chefes de governo se telefonam, dezenas de contatos telefônicos foram feitos antes, pelas respectivas diplomacias.
Mas o telefonema do presidente dos EUA ao brasileiro que se assenta na cadeira que a justiça divina reservou ao Maior dos Brasileiros tinha uma intenção especial. Sabendo da repercussão da presença do Presidente de Nascença em Kopenhagen, Obama resolveu pedir uma audiência ao governador Zezinho, para ouvir dele quais deveriam ser as posições do governo americano. Como não tinha o telefone do Ambientalista do Tietê, Obama resolveu aproveitar o protocolar telefonema a Lula para pedir o número do telefone.
2 – A reação de Lula
Lula mostrou-se contrariado com a intenção de Obama consultar o governador Zezinho. Por isso seus ministros Dilma e Minc começaram a disparar contra a posição do govenro americano e contra o discurso de Obama na conferência. Lula tentou convencer o presidente dos EUA a não falar com o Mais Genial dos Governantes do Brasil, mas recebeu uma áspera resposta de Obama.
3 – O telefonema de Obama ao Futuro Presidente do Brasil
Obama ficou muito impressionado com o Governador Zezinho: esse é o cara que eu devo imitar!
Imediatamente após receber o número que Lula passou, contrariado, Obama telefonou várias vezes para o Governador Zezinho, mas o telefone caía na caixa postal. Quando conseguiu falar, depois de várias tentativas, já era noite, e o Sapientíssimo Estadista estava em companhia de seu novo amiguinho, Arnold, em uma danceteria em Kopenhagen. Como não tinha, naquele momento, a companhia de sua nova assessora de comunicação (pois estava em um “programa de meninos”, como depois explicaria, carinhosamente, à moça), o Defensor das Várzeas de Piratininga pediu para seu amigo Arnold ajudar como intérprete da ligação.
O presidente Obama pediu encarecidamente que o Governador Zezinho o atendesse, pois a coisa estava ficando feia para o lado dos EUA e para ele, como presidente. Depois de esnobar um pouco, o Presidente Mais que Perfeito aceitou recebê-lo por quinze minutos no início da manhã seguinte.
4 – O encontro secreto entre Obama e o Governador Zezinho
O encontro aconteceu como previsto, às 6h da manhã seguinte. O Mais Corajoso dos Governadores estava visivelmente cansado, segundo comentários do próprio Obama com seus assessores. Segundo foi possível apurar, depois de uma noite intensa com seu novo amiguinho Arnold, o Homem Talhado para Dirigir o Brasil havia chegado de volta ao hotel às 4h, e imediatamente iniciara despachos de emergência com sua assessoria de comunicação.
Apesar de cansado pela noite em claro, o Governador Zezinho foi solícito com Obama, mas atendeu-o rapidamente, por apenas 10 minutos. Nesse período, apresentou a Obama sua proposta para as negociações da conferência: O Governador Zezinho entende que os EUA e demais países ricos não devem assumir os custos das mudanças climáticas. Isso caberia aos países emergentes, como o Brasil, para que os EUA e demais países ricos possam continuar a ter recursos para espalhar civilização para a gentalha de lugares horríveis do terceiro mundo, como o Jardim Pantanal. E recomendou que os EUA mantivessem sua posição. Ainda disse a Obama: você acha que foi eleito para fazer bondade?
Comentário da Tia Carmela:
Isso de dizer que ninguém é eleito pra fazer bondade, isso não é novidade com o Zezinho. Quando ele era menino, lá na Móoca, uma vez ele foi eleito monitor da turma, no grupo escolar. O monitor era quem recolhia e distribuía as cadernetas para carimbar PRESENTE. Era também quem ajudava a professora a entregar as lições e as provas corrigidas. Quando a professora saía da sala, o monitor tinha que tomar conta da sala e dedurar quem fizesse bagunça. Ele adorava essa parte. Uma vez, ele era monitor e a professora saiu da sala um pouquinho e deixou a sala fazendo lição de matemática. Como era uma lição difícil, a criançada ficou quieta, fazendo a lição. Quando a professora chegou, ele contou para ela que um menino tinha feito bagunça, o que era mentira. A professora pôs o moleque de castigo. Na saída, o menino foi tirar satisfação com o Zezinho, e falou: nós votamos em você para monitor pra você não dedar a gente, e você me deda quando eu não fiz nada? E o Zezinho respondeu: e você acha que eu quis ser eleito para fazer bondade?