O campo magnético da Terra, indispensável à existência da vida, é mais uma das contribuições do Mais Preparado dos Brasileiros, o futuro pres. Zezinho, ao engrandecimento da Pátria e da Humanidade.
Sempre modesto, o Presidente de Nascença sempre evitou que esse segredo vazasse para o público, e o mantinha guardado no mesmo cofre onde seu priminho Preciado costuma guardar uns documentos.
Entretanto, em um arroubo de admiração e quase veneração, seu assessor para assuntos propinoviários, Sr. Paulo Caixa Preta Dois, não se conteve e revelou ao público que o Almirante do Tietê possui inauditas propriedades magnéticas.
Segundo as declarações recentes desse prócer do financiamento udenista, o magnetismo do Maior dos Filhos da Mooca teria sido empregado por ele para guiá-lo em seu trabalho como dirigente da estatal paulista DEPRA – Desenvolvimento Propinoviário S.A.
Em suas viagens pelo estado para fiscalizar as obras propinoviárias, o Sr. Paulo Caixa Preta Dois orientava-se pelo campo magnético emanado pelo pres. Zezinho: “ele era minha bússola, quando eu estava na direção da DEPRA”.
Graças a essa propriedade do Grande Líder da Nação, o Sr. Paulo Caixa Preta Dois sempre conseguiu encontrar os melhores caminhos para as obras propinoviárias a seu cargo, como a obra do Roubanel e a ampliação da Av. Marginal Serra.
Todas, é claro, foram feitas tendo o norte fornecido magneto-propinoviariamente pelo Presidente de Nascença.
Ou seja, em São Paulo, todos os caminhos propinoviários levam ao pres. Zezinho.
Blindagem
Estudos desenvolvidos pelo grande físico José Goldenmerd (GOLDENMERD, 2012) comprovam as afirmações do Sr. Paulo Caixa Preta Dois. O eminente líder da ala científica da UDN foi além: o pres. Zezinho desempenha papel fundamental para a manutenção do campo magnético do planeta, sem o qual não poderia existir vida, pois ele funciona como uma blindagem que repele a radiação solar.
Isto confirma a tese já apresentada por outros pesquisadores (RIBEIRO JR., 2011) de que o pres. Zezinho teria um enorme poder de repulsão, com seu magnetismo funcionando como uma blindagem contra denúncias. Essa mesma propriedade também protegeria a casa do pres. Zezinho que, a despeito dos constantes vazamentos, ainda não caiu.
Outros autores (NASSIF, 2012 e ROSÁRIO, 2012), têm demonstrado que a capacidade de repulsão do Maior dos Homens Públicos estaria sofrendo uma mutação e, ao invés de repelir ameaças, o estaria deixando vulnerável a ataques por meio de artefatos de papel. Também estaria repelindo indevidamente parte dos eleitores infantis paulistas, sempre fiéis ao Almirante do Tietê.
Heroísmo
Mas parece que as contribuições do pres. Zezinho não param por aí. Dos nauseabundos esgotos da Caverna do Ostracismo têm escorrido outras versões.
Segundo fontes científicas da UDN, o Maior de Todos os Brasileiros realizou um grande ato de heroísmo magnético há 39 anos. Ao deixar o Chile após concluir obter seu diploma de enologia na Universidad Concha y Toro, o pres. Zezinho, abnegadamente, preferiu ir para os EUA e não para a Europa.
Mantendo-se mais ou menos na mesma longitude (ou seja, no mesmo fuso horário), evitou uma catástrofe. Uma mudança de sua localização no sentido longitudinal poderia tornar oblíquo o eixo do campo magnético da terra, alterando a localização dos pólos e gerando um desastre climático de graves consequências.
Outros udenistas comentam à boca pequena que as capacidades magnéticas do pres. Zezinho são tão fortes que ele é capaz de atrair materiais sobre os quais os ímãs normais não têm capacidade de atração. Como exemplo, citam que o magnetismo do Presidente de Nascença foi capaz de atrair para São Paulo cachoeiras localizadas em Goiás.
Comentário da tia Carmela
O Zezinho sempre gostou de brincar com ímãs. Uma vez, ele arrumou dois ímãs e colocou nas luvas que usou para ir à escola, era inverno e ele usou umas luvas de lã que a mãe dele tinha feito. Na hora do intervalo, os moleques iam comprar doce na cantina, cada um com suas moedinhas. O Zezinho mandou os moleques segurarem as moedinhas na palma da mão e começou a contar vantagem, dizendo que apostava que tinha o superpoder de atrair as moedinhas com as mãos. Aí ele ia passando a palma da mão sobre as mãos dos moleques e as moedinhas grudavam nas mãos dele. Ele encheu o bolso. Só que um menino ficou muito triste porque o Zezinho tomou a moedinha dele e foi contar para o irmão, que já estava no ginásio. O irmão logo entendeu qual era o truque e, no dia seguinte, esperou o Zezinho na saída da escola e fez ele devolver as moedinhas dos moleques todos. Só o Reinaldinho Cabeção que não quis que ele devolvesse, e falou: pra mim você não precisa devolver, Zezinho; eu acredito nos seus superpoderes magnéticos. Quando o pai do Reinaldinho Cabeção soube, deu uma coça no moleque para ele deixar de seu trouxa, mas o ele continuou repetindo, enquanto apanhava, que o Zezinho tinha superpoderes.